O BARROCO
"Pérola irregular" ou "joia
falsa": esse é o significado da palavra barroco.
O movimento barroco começou nas artes
plásticas e depois se estendeu para a literatura, o teatro e a música.
Ocorreu de meados do século XVI até o XVIII e
seu berço foi a Itália. Espalhou-se por vários países da Europa, até chegar ao
continente americano.
As pinturas e esculturas desse período são
rebuscadas, cheias de detalhes e ornamentos. E expressam as emoções humanas de
forma exagerada.
Principais artistas barrocos
·
Pintura:
Velázquez (Espanha)
Caravaggio (ltália)
Rembrandt e Vermeer (Holanda)
Rubens (Flandres-Norte da Bélgica)
Escultura :
Gian Lorenzo Bernini
Música :
Johann Sebastian Bach
Antonio Vivaldi
ESCULTURA BARROCA
Unindo efeitos de massa, volume, movimento,
luz e pintura, a escultura barroca compõe o que podemos definir como "uma
cena de teatro".
As figuras, representadas em movimentos
cheios de dramaticidade, parecem ter sido fotografadas em plena ação.
A representação de tecidos cheios de dobras e
o emprego de formas assimétricas são outras duas características da escultura
barroca.
Seus temas mais frequentes são os religiosos
ou a mitologia grega.
O artista barroco cuidava não apenas da
escultura em si, mas também do ambiente onde a colocaria. Gian Lorenzo Bernini,
por exemplo, graças a essa preocupação, dedicou-se também arquitetura.
LUZ E SOMBRA BARROCA
A pintura barroca abusa dos efeitos do
claro-escuro. Em alguns momentos, os detalhes realistas das figuras do primeiro
plano são ressaltados pelo grande fundo negro. A luz guia o olhar do
espectador.
Movimento e assimetria também estão
presentes, causando certo desequilíbrio dinâmico. Tudo isso serve para gerar
maior emoção e convicção religiosa.
Rembrandt é um exemplo de pintor que fazia
uso do jogo de luz e sombra em suas pinturas.
Caravaggio, outro representante do movimento
barroco, tomava emprestadas as imagens de pessoas comuns das ruas para retratar
as cenas bíblicas. Conseguia, assim, maior realismo para suas cenas e maior
comoção dos espectadores.
BARROCO BRASILEIRO
O Barroco foi introduzido no Brasil no século
XVII pelos missionários jesuítas como instrumento de doutrinação cristã e perdurou
até o início do século XIX, assumindo características e estilo próprio em nosso
pais com o passar do tempo.
O movimento iniciou-se em Minas Gerais, em
cidades que estavam em
pleno desenvolvimento por conta da descoberta
do ouro.
Em nosso território, o Barroco também foi
incorporado por várias linguagens artísticas: escultura, pintura, arquitetura,
música, literatura.
O principal representante do Barroco
brasileiro foi o escultor e arquiteto mineiro Antônio Francisco Lisboa, também
conhecido como Aleijadinho.
Outros exemplos de artistas barrocos :
Manuel da Costa Athaide (pintor) ;
Mestre Valentim (escultor) ;
Antônio José da Silva (músico).
O
RENASCIMENTO
Renascimento, Renascença ou Renascentismo são os termos
usados para identificar o período da História da Europa aproximadamente entre
fins do século XIV e meados do século XVI. Este período foi marcado por
transformações em muitas áreas da vida humana, que assinalam o final da Idade
Média e o início da Idade Moderna. Apesar destas transformações serem bem
evidentes na cultura, sociedade, economia, política e religião, caracterizando
a transição do feudalismo para o capitalismo e significando uma ruptura com as
estruturas medievais, o termo é mais comumente empregado para descrever seus
efeitos nas artes, na filosofia e nas ciências.
Chamou-se "Renascimento" em virtude da
redescoberta e revalorização das referências culturais da antiguidade clássica,
que nortearam as mudanças deste período em direção a um ideal humanista e
naturalista.
O Renascimento cultural manifestou-se primeiro na região
italiana da Toscana, tendo como principais centros as cidades de Florença e
Siena, de onde se difundiu para o resto da península Itálica e depois para
praticamente todos os países da Europa Ocidental, impulsionado pelo
desenvolvimento da imprensa por Johannes Gutenberg.
Nas artes o Renascimento se caracterizou, em linhas muito
gerais, pela inspiração nos antigos gregos e romanos, e pela concepção de arte
como uma imitação da natureza, tendo o homem nesse panorama um lugar
privilegiado. Mas mais do que uma imitação, a natureza devia, a fim de ser bem
representada, passar por uma tradução que a organizava sob uma óptica racional
e matemática, num período marcado por uma matematização de todos os fenômenos
naturais. Na pintura a maior conquista da busca por esse "naturalismo
organizado" foi a recuperação da perspectiva, representando a paisagem, as
arquiteturas e o ser humano através de relações essencialmente geométricas e
criando uma eficiente impressão de espaço tridimensional; na música foi a
consolidação do sistema tonal, possibilitando uma ilustração mais convincente
das emoções e do movimento; na arquitetura foi a redução das construções para
uma dimensão mais humana, abandonando-se as alturas transcendentais das
catedrais góticas; na literatura, a introdução de um personagem que estruturava
em torno de si a narrativa e mimetizava até onde possível a noção de sujeito.
HISTÓRIA DA FOTOGRAFIA
Fotografia é a técnica de
criar imagens por exposição luminosa em uma superfície fotossensível.
A primeira fotografia
reconhecida foi feita em 1826, pelo francês Joseph Nicéphore Niépce, no entanto
o desenvolvimento da fotografia não pode ser atribuído apenas a uma pessoa.
Diversas descobertas ao longo do tempo foram somadas para que fosse possível
desenvolver a fotografia como é conhecida hoje. Químicos e físicos foram os
pioneiros nesta arte, já que os processos da revelação e da fixação da
fotografia são essencialmente físico-químicos, numa associação de condições
ambientais e de iluminação a produtos químicos.
Com o passar do tempo a
essência da forma de fazer fotografia não mudou, no entanto, os avanços
tecnológicos permitem cada vez mais melhorar a qualidade da fotografia,
aumentar a resolução e a realidade das cores. A busca pela acessibilidade da
fotografia também era grande preocupação logo em seu surgimento, a busca era
intensa por materiais duráveis, eficazes e de baixo custo e pela aceleração no
processo de revelação.
O desenvolvimento da
fotografia colorida foi também um processo lento e que necessitou de muitos
testes. O primeiro filme colorido foi produzido em 1907.
Com o advento da fotografia
digital, muitos paradigmas fotográficos foram alterados. Com aparelhos cada vez
menores, mais simples de manipular e que produzem fotografias em alta
qualidade, a internet facilitando o fluxo das imagens, a fotografia tornou-se
algo muito mais simples e popular do que era.
A fotografia abrange várias
áreas da vida e do cotidiano humanos, pois é o mecanismo que permite arquivar
um momento. A fotografia, logo que surgiu, não era considerada arte, e
atualmente ainda existe uma gama de opiniões adversas quanto a isso. Para
alguns críticos, a fotografia não pode ser considerada arte por conta da
facilidade que existe em produzi-la, em contrapartida, outros críticos
acreditam que ela pode ser considerada como arte a partir do momento em que ela
é uma interpretação da realidade, e não apenas uma cópia.
A fotografia contribui
positivamente em muitas coisas, vários âmbitos profissionais a agregaram como
meio de amplificar as possibilidades e produzir estudos detalhados e precisos.
A fotografia é utilizada na medicina, no jornalismo – fotojornalismo – e na
ciência, para o desenvolvimento de vários estudos.
Muitos cientistas pesquisaram
sobre fotografia, a fim de melhorá-la e aperfeiçoá-la. Por conta disto, não se
pode atribuir a apenas uma pessoa a criação ou o desenvolvimento da fotografia,
o produto que temos hoje é uma soma de várias técnicas descobertas por algumas
pessoas. Os principais nomes do início do desenvolvimento da fotografia foram:
Joseph Nicéphore Niépce, Louis Jacques Mandé Daguerre, William Fox Talbot,
Hércules Florence, Boris Kossoy e George Eastman.
Hoje em dia, o maior nome da
fotografia no Brasil é do mineiro Sebastião Salgado.
Sebastião Salgado procura
fazer as pessoas refletirem sobre a situação econômica do local retratado, seja
por meio do choque, ou seja por meio da imagem nua e crua da pobreza, da dor, e
da fome. Uma vez questionado em uma de suas exposições, disse: "Espero que
a pessoa que entre nas minhas exposições não seja a mesma ao sair" .
Através de suas lentes,
Salgado explora temas clássicos da Economia como desigualdade social e
globalização. Sua intenção é gerar debate ao redor dessas questões expondo-as
da forma mais clara possível em suas imagens.
A ausência de cor enfatiza o
drama da situação retratada, a dor e o desespero. É como se o mundo perdesse a
cor, a vida, a alegria, já que Salgado utiliza sua fotografia como ferramenta
de denúncia da pobreza, violência, guerra e fome em regiões miseráveis do
mundo.
Arte Brasileira
Artes Plásticas na Pré-História
Muito antes de Pedro Alvares Cabral chegar ao
Brasil, o nosso território já era habitado. Arqueólogos calculam que entre 40
mil e 12 mil anos a.C. já existiam grupos nômades, caçadores, pescadores
vivendo aqui. As pinturas rupestres (em paredes de cavernas) mais antigas do
Brasil foram encontradas na Serra da Capivara, no estado do Piauí. São desenhos
de plantas, animais, pessoas e objetos, muitas vezes retratando cenas da vida
cotidiana ou de rituais.
Arte Marajoara e Tapajó
Há vestígios de culturas amazônicas com alto grau de
desenvolvimento na fabricação e na decoração de artefatos de cerâmica, como as
da ilha de Marajó e da bacia do rio Tapajós. Em seu apogeu, a ilha de Marajó,
por exemplo, pode ter tido mais de 100 mil habitantes. Entre eles havia
diversos artistas, que fabricavam objetos cerâmicos ricamente decorados,
vasilhas, estatuetas, urnas funerárias e adornos. Esses objetos estavam, muitas
vezes, associados a rituais que envolviam também música e dança.
Arte Indígena é a arte que
permeia todos os aspectos da vida das inúmeras tribos que habitavam o Brasil
quando os portugueses aqui chegaram. A arte indígena reflete a busca do prazer
estético e de comunicação por meio de uma expressão visual. São exemplos da
arte indígena a cerâmica com diversas finalidades, os trançados (cestas, redes,
utensílios e esteiras), adornos plumários (mantas, cocares, máscaras), adereços
de contas, de pedras, de sementes, de cascas, de ossos, de dentes e de conchas,
utensílios de madeira, instrumentos musicais (flautas, chocalhos, tambores) e
objetos rituais, mágicos e lúdicos. A arte indígena, em todas as suas
manifestações anteriores ao descobrimento, demonstra não apenas recursos
técnicos em diferentes matérias primas, como também ricas linguagens
simbólicas, representativas da criatividade, sensibilidade e habilidade dos
povos pré-históricos. Muitas dessas formas de expressão são preservadas
atualmente.
Arte colonial brasileira é o termo pelo qual
se categoriza toda a obra artística produzida no Brasil, durante o período em
que o país permaneceu como colônia de Portugal. De modo geral é aquela
produzida entre os século XVI e XVII, com destaque para a Arquitetura e
decoração de interiores. Após a chegada dos europeus e a sua consequente
ocupação do litoral, iniciou-se a construção das primeiras vilas, como por
exemplo, São Vicente, no litoral paulista. Atualmente, as cidades de Olinda e
Iraguassu (PE), Parati (RJ), Laguna (SC), cidade de Goiás (GO), Cachoeira e São
Sebastião (SP) e outras no interior de Minas Gerais ainda conservam as
construções desse período.
A
arquitetura era bastante simples, sempre com estruturas retangulares e
cobertura de palha sustentada por estruturas de madeira roliça inclinada. Essas
construções eram conhecidas por tejupares, palavra que vem do tupi-guarani (tejy = gente e upad = lugar). Com o tempo
os tejupares melhoram e passam os colonizadores a construir casas de taipa.
As
primeiras cidades construídas pelos portugueses não possuíam um planejamento
urbano definido, tendo casas construídas muito próximas das outras. Os
materiais empregados variavam de acordo com a localização: no litoral
utilizava-se pedra e cal; no interior, barro batido, madeira e barro ou pedra.
Alguns artistas dedicaram-se a retratar as
cenas das fazendas e engenhos, especialmente Fran Post (século XVII), Debret (século XIX) e, já
no século XX, Cícero Dias e Vicente do Rego Monteiro.
A
arte religiosa assume grande expressividade nesse período. Com o intuito de
catequizar os índios, e manter os preceitos da igreja católica, os portugueses
construíram várias igrejas replicando àquelas que existiam em Portugal.
A
arquitetura religiosa foi introduzida no Brasil pelo irmão jesuíta Francisco
Dias. As pinturas e esculturas desse período eram feitas por padres e jesuítas,
seguindo o estilo Maneirista. A partir do século XVII começou-se a utilizar o
estilo que ficaria mais associado ao tipo de arte empregado na decoração de
igrejas de todo Brasil colonial, o estilo Barroco.
TOMBAMENTO
A palavra tombamento, tem origem portuguesa e significa fazer um registro do patrimônio de alguém em livros específicos num órgão de Estado que cumpre tal função. Ou seja, utilizamos a palavra no sentido de registrar algo que é de valor para uma comunidade protegendo-o por meio de legislação específica.
Atualmente, o tombamento é um ato administrativo realizado pelo poder público (SEEC/CPC) com o objetivo de preservar, através da aplicação da lei, bens de valor histórico, cultural, arquitetônico e ambiental para a população, impedindo que venham a ser destruídos ou descaracterizados.
Questões para relembrar
1 - O que é o movimento Barroco?
2 - Qual a temática da escultura barroca?
3 - Explique o que é o renascimento.
4 - Defina Fotografia.
5- Quem é Sebastião Salgado?
6 - Quall a temática utilizada por Sebastião Salgado em suas fotografias?
7 - Os indios que se encontravam em território braileiro quando os portugueses chegaram já produziam uma forma de arte. Cite exemplos dessa arte.
8 - O que é "arte colonial brasileira"?
9 - O que é tombamento de bens?
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